quinta-feira, 4 de agosto de 2011

não consegui arranjar um título p este tema, é algo pelo qual estou a passar... ou penso que estou a passar

Eu sempre acreditei que o namoro,o casamento,o romance e todos os outros compromissos tem começo, meio e fim. Como tudo na vida neh, e nestes mesmos compromissos há uma dimensão de sentimentos,alegria,tristeza,mágoa,ódio,dor,compaixão etc. Mas neste tema eu gostaria focar apenas " As dores " visto que termina uma relação amorosa ela (dor) não nos abandona tão rapidamente.

Existem dois tipos de dores de amor. A primeira dor é àquela que nos aborda de maneira cruel quando a relação termina e nós continuamos a amar a pessoa, e temos que nos acostumar com a ausência do outro, com a sensação de perda, de rejeição( caso seja a outra pessoa a terminar) e com a falta de perspectiva sobre tudo e todos , pois ainda estamos tão embrulhados na dor,que não conseguimos ver luz no fim do túnel.

A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel,e começa a mais dilacerante que é a dor física da falta de beijos e abraços,a dor de virar desimportante para alguém .mas, quando esta dor passa, começámos um outro ritual de despedida: a dor de abandonar o amor que sentíamos,a dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre, sem sentimento especial por aquela pessoa para o futuro "Alguém"



Na verdade, ficámos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou. Já ouvi muitas pessoas reclamarem por não conseguirem desprender-se de alguém,é que, sem se darem conta, não querem se desprender, aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, uma lembrança de uma época bonita que foi vivida… Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual a gente se apega. Faz parte de nós, porque queremos logicamente voltar a ser alegres e disponíveis, mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito tempo,e que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com muito esforço é possível alforriar.



É uma dor amena quase imperceptível e talvez, por isso, costuma durar mais do que a ‘dor-de-cotovelo’, é uma dor que nos confunde. parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra. A pessoa que nos deixou ou que deixámos, já não nos interessa mais, mas interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro das estatísticas aonde dizíamos : “Eu amo, logo existo”. Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo é uma despedida muito longa,dolorosa queremos nos livrar dela e ao mesmo tempo não queremos.
Detesto quando escuto aquela conversa típica que por incrivel que pareça todas as pessoas adoram repetir-la como se fosse música,confesso que já cantei a " música " algumas vezes :
- quando algém anuncia: terminei o namoro...
- E as pessoas cometam e exclamam : Nossa!!! estavam juntos há tanto tempo,Cinco anos que pena acabou, não deu certo...



Dá me cá uma raiva porque as pessoas por vezes deixam de viver as suas próprias relações,para poder controlar a dos outros e dentro de mim grita uma voz,acho que eh a minha consciência revoltada com pensamentos tão estúpidos, mas é claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou neh, é inacreditável como as pessoas só veêm o lado negativo das coisas. Elas esquecem-se que Gostar dói, porqu muitas vezes sentimos ciúmes, ódio, frustração,etc ... Mas isso faz parte do conviver com outro ser, um outro mundo, um outro universo,e nem sempre as coisas são como eu gostaria que fosse mas é também o lado bom das coisas sermos surpreendidos e aprendermos com os nossos erros e de outra pessoa. A pior coisa é que nós temos medo de nos envolvermos, e esquecemo-nos que na vida e no amor, não temos garantias,por exemplo nem toda pessoa que te convida para sair é para casar,nem todo beijo é para romancear,nem todo sexo bom é para se apaixonar.

Muitas pessoas fingem que não enxergam e não assumem que não existe mais um relacionamento saudável e feliz, tentam viver com esse sentimento achando que é algo temporário, uma fase ruim que vai passar. Apenas quando um facto real acontece é que caem em si, de que o amor, a paixão, o carinho e, às vezes, até o respeito acabaram. Nada pior do que permitir que um sentimento que foi tão bom um dia acabe em ódio, raiva. É muito melhor utilizar a honestidade, o diálogo e terminar mantendo uma amizade.